20071102

++++h+o+t

HOT
o hot club é do tamanho da minha casa mas não é a minha casa. No entanto aqui sinto-me em casa, totalmente em casa.

o hot club é numa cave, mas não uma que seja bafienta, não o é de todo!

o hot club fica na praça da alegria mas é bem dentro dele que se ouve a alegria em jazz.

o hot club tem som todos os dias menos ao domingo e à segunda, silly days, em que o substituto alternativa é o catacumbas.

no hot club cabem umas 60 pessoas se tanto, mas é tão concorrido que nunca consegui ficar sentado.

no hot club já ouvi carlos bica e mário delgado a correrem, geniais, tantos como satriani, reinhardt, mertens e balanescu! 

no hot club trago uma cerveja, trago o som, trago trago imperial, trago o salto, a corda e o arco, trago mais cerveja, bafo o fumo, bafo e rasgo de contrabaixo.

damn good!

20071030

+*´´´´´´

BRASILEIRA

começo a noite sempre com um café na brasileira do chiado. com um café e um cigarro comprado aqui mesmo, nesta tabacaria à francesa. o néctar é intragável mas compenso com a nossa história em pintura exposta por cima da minha cabeça. calvet, rodrigo, hogan, nery, vespeira, vieira, palolo, baptista, skapinakis, viana, almada, barradas, carvalhais! mais um trago de café para ganhar fôlego. e o pessoa lá fora e cá dentro, duplicado!

enquanto sorvo o café impregnado de açucar para assim melhor o tolerar, a minha vista voa por sobre as cabeças dos turistas teimosamente constantes e poisa sobre este ou aquele detalhe.

soberbo, este é mesmo um nosso museu de arte contemporânea café e bem perto do do chiado. 

poiso a chávena vazia e alcanço um guardanapo - ideossincrancias minhas, sou eu - e olho para as mesas para ver como estão preenchidas. o meu olhar reconhece o diogo dória.

gostará do café da brasileira?

20070927

ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª*ª

BANDA SONORA

love interrupted suggested soundtrack :

1 marvin gaye (cover from beatles) : yesterday

2 jp simões com luanda cozetti (couple coffee & band) : se por acaso me vires por aí 

3 stevie wonder : i believe (when i fall in love it will be forever) 

4 nelly furtado : all good things 

5 toranja : carta 

6 naifa : monotone 

7 damien rice : the blower's daughter 

8 gloria gaynor : i will survive

20070926

´´+´´´+´´+´´´´´++´´+

ANTS

hoje bebi leite com formigas e só depois me dei conta do desfeito, atirando de supetão o pacote para o lado, blagh - as que desceram o goto acompanhando o néctar, souberam bem até me dar conta! 

porque raio chamaram patusca à patusca? que ridículo é isso de quererem impôr o nome de carvalhesa ao hino instrumental do avante?

20070523

+´~++´+

I LOVE BACORADAS [BACORADAS REMIX]

'prolitof', deve traduzir-se como profiteroles, in restaurante da graça
'segredos de porco preto' ou seja secretos do mesmo suíno, in restaurante da graça ao lado do primeiro

20070508

+~+´~+

PEQUENA DISSERTAÇÃO SOBRE OS CENTROS CÍVICOS v1

Fui encontrando ao longo do meu percurso edifícios multifunções designados tanto por centros cívicos, como por associações culturais e ainda por cooperativas culturais. Conheço os seguintes : Era uma vez no Porto e Artes em Partes no Porto, Bacalhoeiro, Crew Hassan e Palco Oriental em Lisboa, Mercado Negro em Aveiro e Feito Conceito em Coimbra. Outros há que me falta conhecer como Espaço Maus Hábitos no Porto e ZDB em Lisboa e outros mais.

Ao procurar uma definição da expressão “centros cívicos” encontrei esta que me parece que sirva melhor a este conceito :

“Centro Cívico, (...) significa Centro do Cidadão (...).”

Para mim um centro cívico acaba por ser um espaço dedicado à arte em geral, onde se realizam sempre coisas, onde existe sempre algo a acontecer, onde se trabalha e se produz pela arte, onde circulam sempre pessoas e novas tendências – exibindo roupas e modas, objectos e pequenas maravilhas, mantendo sempre a porta aberta a novas descobertas e a novos artistas.

Acabam por ser pequenas galerias comerciais ou bares, que realizam sempre em paralelo workshops, mostras e exposições. Chamam-se cooperativas porque partem de um grupo de pessoas que anseia por construir algo em colectivo, são associações porque aceitam outros que sigam os mesmos ideais, mas o nome que me parece mais correcto é mesmo centro cívico, pois são estes os novos espaços de reunião e de criação do momento, pela cultura e pela arte.

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Para esta semana que segue sugiro um percurso cultural por alguns dos centros cívicos de Lisboa (ZDB, Bacalhoeiro e Crew Hassan) :

DIA 08 terça | TODAS AS TERÇAS FILMES COM JANTAR NO BACALHOEIRO : do outro lado do muro, imagens da palestina : ''Memories of the Naqba'' e ''Deir Yassin Remembered'' 

DIA 09 quarta | ZDB - EXPOSIÇÃO G - JOÃO TABARRA. 1ª PARTE, fotografia e vídeo, até 26 de Maio 2007. Quarta a Sexta das 19 às 23h. Sábado das 14 às 23h. 

DIA 10 quinta | ZDB - BAILE_FUNK_SESSIONS BONDE DO ROLE, 23h. Funk carioca, Miami bass, hip-hop tropical, samples de faixas rock da década de 80: o trio brasileiro Bonde do Role é uma das mais animadas festas da pop globalizada vai ser exibido, antes do concerto, o documentário “Tá Tudo Dormindo” realizado por Roberto Maxwell.

DESDOBRÁVEL- Música Improvisada no bacalhoeiro. Performance com uma componente de corpo em interacção musicalmente improvisada, 22h30. 

DIA 11 sexta | ABZTRAQT SIRQ - Música Improvisada no bacalhoeiro, entre o extremo oriente e o ruído da metrópole, 22h30. 

DIA 12 sábado | BOSSA EM CHORO no bacalhoeiro, Uma viagem às musicalidades brasileiras tocadas por um duo nipobrasileiro com interpretações muito próprias e originais, 22H30 

DIA 13 domingo | TODOS OS DOMINGOS EXPERIÊNCIAS ACÚSTICAS INESPERADAS no bacalhoeiro, Salão Acústico, Sons do Tejo, música afro-lusa

CREW HASSAN Em Maio 3 exposições de pintura, fotografia e desenho.

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Adenda Set 2016 - ZDB continua em força, Bacalhoeiro fechou, Crew Hassan mudou de sítio e renasceu por duas vezes mais e o Palco Oriental, da última vez que ouvi estava em vias de despejo

20070507

+´ºº+ç

COMO SERIA A TUA LISBOA IDEAL?

[adenda a escrita automática de placard]

mais menos putas

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Apontado numa parede

20070504

+´~+´~´+

NUNCA DEIXES QUE O MEDO TE IMPEÇA DE TENTAR

nunca deixes que o medo te impeça de tentar
nunca tentes que o medo te impeça de deixar
nunca impedes que o medo deixe intentar
nunca intentes que o medo impede deixar
impeça que o medo intente
intenta que o medo deixe de impedir
intenta que o medo impeça
medo impeço
medo deixo
medo intento deixar
me - do
dei-xo
medo
mê-du
mê dô
mê doce
meu doce

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Escrito num Workshop de Escrita Criativa, Nextart, 2007

20070503

'«'«'«'«'«


COMO SERIA A TUA LISBOA IDEAL?
[escrita automática de placard] 

menos casas novas
mais novas casas velhas

ideal é exactamente como está

luz
cor
movimento

lisboa boa boa lisboa

20070427

0´´'0+´~

CATARSE HEI-DE TER, EI-LA

1 HAMLET X 2 

duas vezes a vi, duas vezes, talvez que ainda a veja a terceira vez. achei-a mais perfeita ainda do que perfeita a achei da primeira vez. foi na Trindade por André Gago

2 FIXEI a frase via peter zumthor no seu 'atmosferas' : ‘Beauty is on the eye of the beholder’; platão?

+´~+´~

trolaré trolaré - bacalhau sem todos

BACALHOEIRO PELO SÁBADO

Bacalhoeiro, sábado passado pela manhã. Éramos três e esperávamos pelas duas e trinta para ter duas horas para desenhar um ou uma. Desenhar-nos, desenhando outros nus. Mas saiu furada esta boa possibilidade de despidos vermos e despidos traçarmos... Não estava ninguém e ninguém desenhámos - e, então, cabisbaixos migrámos até à D. Pedro IV e esquissámos os transeuntes!

20070423

+´~+´~

A CARTA ROUBADA

Figurinos, cenários, luz e som geniais! Toda a envolvente gráfica, toda a componente técnica inexcedível! Faltou mais conteúdo, mas esse colori-o eu!

Azul, azul, azul em tudo!

A carta roubada, pela cão solteiro, não é uma peça de teatro convencional, é uma “advanced performance” exibida sobre um apartamento em reconstrução à rua do crucifixo 116 em que o autor partilha um sonho e revela inúmeras relações com o teatro, cinema e artes plásticas : vi ali buñuel, vi lynch, vi hitchcock, vi dali, vi craven, vi beckett e o seu teatro do absurdo, vi magritte, vi duchamp. Senti medo, aflição, claustrofobia, terror, magia, absolvição, senti muito e tudo me sentiu.

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Nota - a expressão advanced performance tirei-a do blog - pós peça, mas já me tinha ficado pela ideia de estar perante uma performance - e deste também percebi a evolução e o processo de investigação em jeito de residência artística até ao produto final. lá estão também todas as referências literárias e teatrais.

A ver, soco no estômago e convulsão mental garantida. Atentem aos figurinos e à cenografia.

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Peça vista na Rua do Crucifixo 116, Lisboa, pela Cão Solteiro

+´~'´+«

POEMA A AZ

fugaz namor
nem amor, nem namoro
tive.
tive-te idealizada
sobre este leito
seio sobre este corpo
corpo sobre este ser
respiro aspirante
respiraria ofegante
cereja cereja
são estes fugazes namores
que os sorvendo
os vou semeando

+´+~´

POEMA A So

Carta a S, carta Z, carta S, cartaS

então!
nunca mais disseste nada de mais!
fico-te pelo s
não te construo mais o nome
deixo-o cair, desmoronar
sorrisos houve
troca de palavras – não fluídos – também
mas foram tão tão breves!
sigo sorrindo e sem s
doo uma saída a s

+´~+

DO CONCEITO DE GAVETO

“Gaveto, Substantivo masculino
1. (...)
2. (...)
de gaveto, diz-se do prédio com frente redonda, no ângulo de duas ruas.”

in definição de ‘gaveto’, do dicionário Porto Editora 2007 

Base para uma exposição a um indeferimento de um processo de loteamento e emparcelamento.

´+~+´~

ESTÁDIO E ROCK IN CHIADO

No estádio a boa bebida é tomada ao som duma jukebox e cobrada numa daquelas máquinas registadoras antigas e desbotadas. O rock in chiado foi (ante)ontem uma desilusão, nem a abadia coloriu a má estrela : voltarei sexta pelo tributo aos queen – a conselho do barman.

+´~~+

La lumière tombait tout doucement, s'imissait avec le peu de force qu'il lui
restait entre les branches
arbres majestueux.
Ils étaient fiers et silencieux, et me reagrdaient depuis le ciel..
Je sortis de la voiture, claquai la portière
.......................................
Un silence épais et délicieux m'enveloppa.
Je plongeai mes pupilles dans les siennes, il remplissait l'air de son
désir,
son regard lourd d'envie m'invitait à l'intérieur du bois.

sombre, chaud, humide.
Il me prit sur lui,s'introduisit dans moi alors que la lumière luttait pour
caresser
encore une fois l'humus ....
Le soleil disparut lentement, encore et encore la terre tournait et je
vascillais de plaisir.

pauline, sintra, avril 07

20070420

´+´+~´+

AO SOM DE BACH

escrita automática

monocromia em azul : azul
monocromia em azul e o vermelho é intruso
(dito sobre um quadro de matisse)
mais se forma deleite sobre azul
coisa de telas, tintas e texturas: pintura!
paris? paris-me! paris aqui está perdida

o azul é ingrato, pois se apercebe
em tudo o que nos envolve
cor primordial de céu e de água
de veias por sob a pele adivinhadas
de líquidos fluídos placenta

digo ingrato pois como explicar o azul
por palavra escrita

se já nos entra tanto tanto pelos olhos adentro?

o azul azul azul

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Escrito num Workshop de Escrita Criativa, Nextart, 2007

+´+

HÁ DIAS EM QUE

há dias em que há
há dias em que que
há dias em que dias há
há dias em que há dias
há dias em que em que
há dias em que hei-de
há dias em que m'enrolo
há dias em que existo, noutros vou existindo
há dias em que crer
há dias em que o querer mais sobrevem
há dias em que me sobrevoo

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Escrito num Workshop de Escrita Criativa, Nextart, 2007

+´++

UM

um coito
um motivo
uma regra
um norte
uma emoção
um desnorte
uma morte
um mago
uma maga
umbigo
humano
um
uma
um estorvo
um um
um um
um mais um
um com um
um de um
um de dois
um entre dois
um entre uns
umbelina
um choque
um bloqueio
um uma
uma um
um significado : um
um significante : 1
um signo
um som
um uivo
untar
um dedo
ungido
uns dedos
um um faz o vento
bum! onomatopeia
um
um
um
um lírico
uma
uma
uma
uma epopeia
um e tal
um pim
um pam
um pum
pum bum
um fim

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Escrito num Workshop de Escrita Criativa, Nextart, 2007

+´+´~+

POEMA À EMEL

caros senhores
a máquina avariou, 
olha que merda num dia de chuva - 
olha que merda!
a máquina avariou-ou-ô! 
comeu-me a moeda, três moedas ôié! 
não me deu troco, deixou-me mais atrasado ainda mais! 
tirou-me dois e quarenta e já só cinco tenho
dois e quarenta de euros e cinco de minutos

filhos da puta olaré......dos parquímetros!
e agora e agora
e agora como é para me devolverem os cinco de minutos 
e os dois e quarenta de euros?
aiai eoê! 

filhos da puta...dos parquímetros!
parcómetros
tirólitro chuva
titómolha chuva
e ainda bem que choveu
pois assim os filhos da puta...dos parquímetros!
não compareceram, perdão, não foram vistoriados!
oié olaré!

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Escrito num Workshop de Escrita Criativa, Nextart, 2007

+´+

ESCRITA AUTOMÁTICA 1

as flores são ervas daninhas
as flores são almas floridas
as flores são algo indefinido

há flores que se choram
há flores que são flores
há flores que me intrigam

com flores faço-me
com flores rio, choro, sorrio, vejo-me
com flores sigo colorindo o mundo

quero que as flores floresçam
quero que as flores nunca feneçam
quero que as flores sejam, se revelem, se entreguem
quero que as flores nunca feneçam

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Escrito num Workshop de Escrita Criativa, Nextart, 2007

´+++´+

JAY JAY JOHANSON

21h, fnac do chiado, ontem. Chego para assistir a um agenciado concerto de jay jay. Olho para a sala – composta, não tenho sítio para me sentar. Estudo as pessoas que estão e deparo-me com jay jay a beber o seu café tranquilamente e olhando para ele, expectante, o nosso JP Simões! 

Apressam-se as perguntas dos fãs, jay jay debita novas sobre o novo álbum, dirige-se ao pequeno palco e exercita uma música - uma apenas - deixando-me muito curioso sobre o seu quarto e último álbum. Belo momento. Coffee & Cigarettes.

20070419

´~´~

ANJO DESASADO

eres mi, p

eres mi angel sin alas
y también el diablo te enseñas
en intimidad de luz llena puesta
de 'arrêté' en successión
deja-me ponerte las alas
amiga de dias de calçada y de colores de lisboa
te pongo las alas y te miro vogando volando
quiero mirarte sonriendo con una sonrisa

pour pauline, por rafa

pff´´´´´´´´

CATACUMBAS 

trio tocava herbie hancock atenuando a instalada e quase insuportável ressaca de hamlet! pfffffff...

çº+'0«

HAMLET

a questão nem se coloca, extingue-se : há que ver hamlet
há que entrar nessa tragédia de sonho e de loucura dinamarquesas
ser; três e meia horas como espectador extasiado
não ser; louco trágico ausente e passivo

vi hamlet no trindade com encenação, figurinos, tradução, ritmo e presença extraordinárias! 
a ver, mesmo! 

coração fendido e fico com a parte pura sobre a impura.

20070417

~~~~~~~~~~ç



descobri-me uma pedra, signo e significante

+~´+º

COCO ROSIE & TEZ

Apetece-me ser um tópico; gosto-quero aqui enumerar as coisas em lista:

Aula magna. 14 de abril de 2007, primeiro grande concerto que vi em LX desde que vivo em LX (os sp&wilson e as inúmeras apresentações e jam sessions de bar não as conto e o último avante foi especial mas foi na atalaia).

TEZ máquina machine (ouço agora balanescu quartet tocando kraftwerk e balanço-me no uso das palavras) gutural animal fantástico exuberante extraordinário industrial mau malévolo bom visceral grunhido ruído monocórdico sinfónico instrumental vocal total! Beatbox suprema – como esses tais tugas sp&wilson.

COCO+ROSIE perfeitas na empatia com o público: não soube desse ensaio antes do concerto, esse tal acerto de silêncios e de palmas em dose correcta doseada em complemento exacto! Já conhecia o primeiro e o segundo álbuns : la maison de mon rêve e noah’s ark, falta-me o the adventures of ghosthorse and stillborn. 

Ao adivinhar o meu melhor concerto surge-me sempre lhasa de cela no tagv de coimbra, mas permito-me colocar cocorosie nessa lista de sempre.

+´+´~

NAPRON, PADARIA E SOUK

Napron é sedução e rendas (a imagem de porta recordou-me imediatamente leigh bowery). A padaria é o apetite da noite: croissants de chocolate, natas quentes em horas certeiras e o melhor pão c/chouriço da galáxia. Souk é mais um entre muitos bares – os bancos minitrampoleiam e ponto. Shots de tequilla de aflição – pim pam pum.

20070416

+´´~~~~~~

NEGREIROS

Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve haver certamente outras maneira de se salvar uma pessoa, senão estarei perdido.

almada

20070412

+´~'´0+

COCO ROSIE

As coco rosie são tudo e nada são: são banda sonora de animação, são onomatopeias em catadupa, rol de mistério e de cor, oriental e ocidental, norte e sul, étnicas e contemporâneas, manas e primas, antítese e tese. A maior contradição surge na própria categorização do som: indie rock, rock independente, que é o mesmo que dizer que não existe gaveta onde as engavetar, o próprio armário é coco rosie! Sábado saberei se são selvagens.

~~~~

PIRA DO ROSSIO

Mas que peça em aço é esta com que me cruzo quase diariamente quando passo ou vogo pela praça dom pedro quarto? Quiças pira de queimar petróleo ou azeite de época de iluminação pública básica e fundamental? Hm, pretendo saber mais.

pc..

O MEU PC É A MINHA CASA E ESTÁ TUDO FEITO E DITO

'««««««

FETA DO CINEMA FRANCÊS

Não encontro qualquer info sobre a oitava festa do cinema francês, a não ser a veiculada pelo adido cultural francês naquela fantástica aparição de piccoli antes de “belle de jour” na cinemateca: haverá, decorrerá. Sei que é a oitava, mas essa ordem permanece como o único dado.

I+´**

INDIE

Nota to myself : comprar bilheta-passe-voucher-entrada para este portal de sonhos de cinéfilo. Apontamento mental apontado. Ponto. Telegráfico. Passa passe.

s ss'«1

SINTRA DE FDS

Sintra é sintra. Mágica, misteriosa e terna. Escura e luminosa, fantástica de polanski e poética de byron. Assustadora e infantil a termo cheio. Alta e baixa em sucessão contínua de tectónica de placas. Assombrosa e astral. Castelo e palácio e mosteiro e árvore. Simultaneamente bélica, senhorial, religiosa e verde. Sintra ama-se porque é vez em cheio.

0+´´´´

CATACUMBAS, MARIA CAXUXA E LOUCOS E SONHADORES 

Maria caxuxa é uma maria vai com as outras. Loucos e sonhadores é uma biblioteca sem luz para ler à noite e com narguilés de empréstimo. Presta-se a uma boa noite e prometo: voltarei. O catacumbas tem catacumbas, algumas histórias já contadas e jam session jazzística às segundas.

´~+''´´´´

CREW HASSAN E BATER O CORO

Parece que bater o coro é do crew hassan. Eu vi que engatar é do crew hassan, historieta mais que estranha em meio de copos de amigos e amigas - e comigo não foi, não.

+´+~~

FEIRA DA LADRA VS ELÉCTRICO 28

O tram 28 é o percurso de eléctrico a tomar, percorre meia cidade de Lisboa (não a percorre na verdade, mas corre uma boa parte e é a que interessa – graça, castelo, alfama, mouraria, bairro alto e baixa, mm, no rossio bate de raspão, espreita pelo castelo e pisca o olho ao rio e mostra o seu berrante amarelo em postais postados pela cidade toda). Posso ser turista na minha cidade e desfrutá-la e poder pedir menos turistas de sol e s bock? Ser cada vez mais alfacinha e menos repolho?

20070411

+´´+

SER GUIA NA NOSSA CIDADE

Como adoro servir de guia nesta já minha cidade, dar tudo de mim como anfitrião, como hospedeiro de partilhas, como enseñador de memórias, como construtor de um sorriso, como orientador de caminhos e de sítios. Fui o guia, fui o prospecto, fui o louco andarilho, fui o acometido saltimbanco, fui desmedido percorredor de trilhos, o assumido local a receber o estranho estrangeiro.

E esta cidade louca ainda não toda apercebida e tragada aos goles gigantes ainda a vou entranhando calçada a calçada e pedra a pedra.

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Fotografia - Feira da Ladra, num Sábado de manhã de 2007

,.,,.,.,.,.,.,.,.

CASAL DO BRETÃO

Este projecto assoberba-me completamente! Aiui! Aleluia se o termino, mais ais se o prolongo, coisa gigante e boa e ao mesmo tempo angustiante e castradora o de fazer uma cidade nova!

´´~~~~+++

TAXISTA

Hoje pelas 7,30 fiz-me transportar de casa para casa por um taxista em Lisboa. E testei o diálogo. Temas proibidos nesta discussão: futebol, tempo e trânsito; mas naturalmente que o trânsito serviu de desbloqueador de conversa para outras divagações. E pronto, achámo-nos. Gosto de descobrir estes pequeno-filósofos de apêndice volante.

20070409

´+~+´~

DOMINGO

afinal janta-se mesmo bem na casa do alentejo! 
e antes da refeição uma ginginha da ginginha como apetiser sabe-me a cerejas! 

e as obras completas de william shakespeare em 97 minutos (pela companhia teatral do chiado, no teatro estúdio mário viegas) sempre valem a pena para desconjuntar o maxilar superior e inferior em gargalhar contínuo de noite de amigos! a ver o vampiras lésbicas de sodoma - no mesmo registo de stand up/teatro/comédia frenética e intensa e aconselhado por um dos intervenientes da peça. 

ah, e fui apanhado e representei (quersedizer, fiz-me rir, fiz rir, fiz-me tonto, fiz-me quase ridículo) de ego de ofélia no segmento apoteótico de hamlet.

.,,

GRAÇA

está na moda como casa de artistas e tem ainda demasiados recantos a encontrar-me. como grácia, como nothing hill. 

a ver vila bertha e o miradouro da sra do monte. fantastich.

~´´´+´,....

LEITURA DA FACE LATERAL DO MEU SG VENTIL

‘fumar bloqueia as artérias e provoca enfartes cardíacos’
‘fumar prejudica gravemente a sua saúde e a dos que o rodeiam’

frases e frases e mais frases de palavras de medo e de susto
termos de termo
fase desta frase
palavra apalavrada de grande vício feito
dois maços, dois
o meu pulmão por um cigarro, 

pum!

20070405

´+,.

CASA DE PAIS

voltei a casa de pais
sítio tão íntimo que será sempre casa
existindo sempre mesmo que só na memória

estórias carinhosas de pó por sobre o mobiliário acamadas
dormindo sonhos atapetados
enlevado em soalhos, tectos e mantas já por demais conhecidas

gosto deste gosto

aaa+´´~~~~´++

AnSAARA

rafa réptil anémona foca alce
sinto-me um réptil
verde escamoso e grande, saara
agarrado à rocha com o sol como empurrão

sempre me apetece brincar com as palavras

d++´´~~

DIA DAS MENTIRAS

E pronto, lá caí eu numa peta de amigo... Que crédulo, que inocente, que naïve!!

z\\-.,,,,,

ZIZOU

“es de una beleza dura, de las calles, como un boxeur, es como zizou...”

“bueno, guay!”

20070404

c.s.-s-´«'

CANSEI DE SER SEXY

Hoje e amanhã CSS no LUX. 

Não conseguimos bilhete porque esgotaram faz tempo! 2 coisas atenuam não ter conseguido entrada : oiço agora o CD em acelerada rotação de electroclash matinal acentuada de riso de contentamento e também, coincidência mais que feliz, calhou estar no aeroporto 2ªfeira e ter visto os CSS a chegar a LX!!!!)

kº+´´

ADENDA AO "MEU AMIGO BRASUKA"

"tou tão duro como pau de tarado"
"o pai já vai"
"bagulho"

Deliro!

+´´+~´º

ESTE CIGARRO SOUBE-ME A IOGURTE

Este último cigarro soube-me a iogurte e sempre me trazem sabores, paladares e odores diferentes de cada vez que acendo outro ainda. Ainda no outro dia fui surpreendido por um que me sabia a entrecosto! Como explicar esta alucinação do palato?

20070403

,.,-.~´´,,

RECEITA PARA UMA NOITE BEM PASSADA EM AVEIRO

Começar com uma boa companhia, juntar-lhe boa disposição em barda, papar bacalhau no Batista, adicionar café no Ria Café, jekas no Mercado Negro e som no Clandestino até às 3 da matina. Deixar apurar o teor etílico e a boa conversa. Ser expulso pelo gongo no Clandestino. Esperar pelas 4h para mexer sem parar na Station.

++´++´´++

EU SOU UM PAPARAZZO VISUAL

Capturo regularmente com o olhar celebridades menos ou mais conhecidas do grande público pela Lisboa toda. Hoje contei mais duas e nem olhei para o espelho...

8989´´´´

JANTA L WORD

Rio-me sempre com a AnSara quando ela diz desatenta : “a minha amiga lésbica” ao que respondo sempre ironicamente (condimentando o comentário com a tal forte risada), como se fosse a tua pet, o teu bichinho de estimação – devia ser obrigatório todos termos um amigo gay... Eu tenho, são-no. 

Tive uma janta Lword que gostei como gostaria de qualquer encontro de amigos – imenso.

20070401

,.´+~«

SUBENTA

Aponto nesta “subenta” a expressão deliciosa que é o estádio terminal de evolução de qualquer projecto arquitectónico :

“solução final”

Agridoce!

20070331

+++'

HAMLET E A PEÇA PERDIDA

De duas falhadas estúpidas tentativas para assistir à peça, quero que à terceira seja de vez! Não nos podemos, Rita S, descurar de pela terceira vez faltar a este clássico! À primeira outra peça ainda estava, à segunda atrasados chegámos e à terceira a vista é ganha. Ai que omelete sem ovos, ovo mexido ainda está, iremos nós fazer claras em castelo?

lol´´

LOL

"deixo a vida me levar, vida leva eu"
"sei que naum dá para mudar o começo, mais se a gente quizer pode mudar o final"
"em reatrasado"

Ditos do meu brasuca preferido. Aqui fica bem um LOL gigante!

b-.....b

BB bestas e bestiais

Adorei o texto desta peça a que assisti na passada semana no Dmaria em sessão gratuita apadrinhada pelo Dia Nacional do Teatro. E Março foi o Mês do Teatro. E ainda vi umas quantas peças. E faltam-me ainda umas milhentas mais. Sobre esta tenho ainda a dizer que me atraiu sobremaneira a envolvente punk e electro do cenário e que me apaixonei pelas loucas e psicóticas personagens (especialmente o traveca Dinis) e o DJ bang bang. Já sobre a pretendida colagem / analogia / metáfora aos reality shows acho que não foi totalmente bem conseguida, porque falhou num ponto: tínhamos que ser nós, público, a imaginar-nos audiência.

««»«

ESTRANHA MONTRA MONSTRA

Cruzei-me com um casal de foregneirs que grudados a uma montra de uma típica tasca alfacinha, estavam, quais crianças encantadas diante de uma loja de doces, fascinados por tudo o que viam dentro do botequim – sorrindo, saltava-lhes a vista para as garrafas de vinho alinhadas, para as gentes em desalinho de fim de tarde, para os azulejos gastos e sujos, para todos os objectos no lugar certo do caos que se quer ali dentro! 

Sorri eu próprio ao ver-me também curioso observador de outros, eles também umas interessantes curiosidades!

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A CAPICUA DE SEXTA FEIRA

Parece que sempre que quero confirmar as horas, encontro uma capicua formada pelos 4 algarismos do relógio digital! Isto é recorrente, inexplicável e até assustador! E esta última Sexta bateu todos os recordes de capicuas detectadas: foram para cima de seis!

´~´~´~

BIZARRO REENCONTRO

Descia a calçada carregado para entrar em casa, que já é o meu lar sweet home; passa um tipo por mim e demora-se a olhar-me - o que gosto porque me alegra sempre a confiança. Dirige-se a mim e diz reconhecer-me de há 10 anos, da parvónia onde vivi e cresci, identifica familiares defuntos e outros ausentes, cataloga a cronologia de tudo rigorosamente e diz-me ainda ter andado comigo na escola. Despacho-o quase abruptamente – porque queria mesmo entrar em casa para mijar – dizendo apenas “incrível, extraordinário, coincidência”, respondendo ao seu “tu isto, tu aquilo” com um tratamento formal mecânico e plausível. Vi-o ainda entrar no prédio ao lado do meu, triste por me ter reconhecido e não ter tido reciprocidade. Esta pessoa surpreendeu-me por toda a exactidão de memórias, de tempos e de gentes, por me ter reconhecido um decénio depois (achando-me eu tão diferente) e mais ainda por eu não o ter reconhecido de volta – dizendo-me eu tão fixo de caras como nenhum outro...

,.,'«´0

DENTRO

Tenho o sentimento que traz esta frase, algures aqui por dentro entre as vísceras acamadas por tecidos e atapetadas por pele ::

“Contigo sinto-me demasiado bem demais.”

l+´´´´

OIKUKUERES

Inventei agorinha mesmo os oikukueres, versão em prosa dos haiku nipónicos, próprios para este ambiente de partilha e efemeridade do espaço bloguístico: os textos terão 5 linhas e pronto, introduzo a regra e serão textículos absolutamente! Assim tenho a obrigação e introduzo a disciplina de não me ultrapassar...

!!!!-

MSN

Desfaço-me sempre a rir com esta pleonástica redundante mensagem popup do Messenger : “Acabou de iniciar”!!!

´++º.

LASTRO

“It is said that a person drinking this liquor works to 100 years old well in Japan”
Valentine´s Day 2.14

Saltou-me do chão esta piccola mensagem que me deixou atónito a adivinhar o dia e o local em que a escreveram e trocaram; a tentar perceber o seu quase enigmático conteúdo e o porquê de a terem deixado cair, abandonada na Rua das Portas de Santo Antão!

º...

TATE

Ai, que sôfrego estou! Prenda de boa amiga via Londres e mais um bichinho de viagem despertado... é mau sentir-me sempre invejoso por todas estas viagens que me contam e em que não participo? Desforro-me! Mês que vem, quiças, irei a London! E obrigado, amiga AM, pelo Tate a Tate no topo do Hotel do Chiado : )

-...-.-.-..

MONHÉS PREGOEIROS

Se antes os havia a impingir contrafeitos relógios, icónicas flores e ridentes tapetes por todas as ruas, encontro-os agora empurrando-me convites e listas e cardápios de mil e um restaurantes indianos pela baixa toda. Agito a cabeça em ânsias de recusa e sigo pensando que se alguma vez aceitar o papel o terei que guardar aguardando pelo próximo caixote de lixo.

20070328

.,,,--.,,,


23(a)

inseguro de saber se nos gosta quem diz que nos gosta,
sinto-me
velho e gasto e sujo e feio

sempre há patamares que me surgem e neles escorrego,
caio, decaio, rebolo, desmaio
se me surge um espectro antigo amante

pode este estranho amigo não poder amar?
bom era se fora de pedra e então imbatível
impassível a estes toques
de amor de marés

20070311

,.,-,+´~´,,..~,

DANTES

Antes preenchia livros e livros de letras e de cor
Sucediam-se páginas e páginas brancas que contaminava febrilmente de traços
Materializando caracteres, esboçando emoções, construindo estórias, amontoando ideias

Mas eu os guardei e sobreveio agora um sentimento de ausência
De elo perdido, de necessidade de os ter outra vez, recuperados e expostos 

D’hoje a uma semana os recuperarei. Esboço agora um sorriso.

20070310

.,,.,--.,,,,....

CATARSIS RAPIDUS OU TB TU, BRUTUS?

a)
Fantas godamn bom e francesinha da praxe a acompanharapimentar o repasto fantástico.
Vistas a longa Prémio do Público, Taxidermia de Gyorgy Pálfi (Hun – Aus – Fra) e a Curta Prémio Méliès de Prata, Finkle’s Odyssey de Barney Clay (GB/UK).

b)
lux, london @ lx and its fucking suberb!
c)cinemateca em consumo desenfreado a florescer
visionados : Stromboli, Rossellini e Full Frontal de Steven Soderbergh

20070301

+´~´~+´~.-.-,.-,

CATARSIS MANIACUS

Feta de anos.
Crise de trabalho, merda. Crise emocional, maior merda ainda!
Divisão de fardos e de coisas acumuladas, a merda continua!
Novos colegas de casa (2), vai-se outro (1).
Adiro em pleno ao Electroclash : Miss Kitten, Ladytron, Peaches, Cansei de Ser Sexy...
Nova fase de Photoshop a brotar...

20070227

....,,,,.,.,.,..,.....

C [andanças] :

Acabei de fumar tabaco marroquino chamado Marquise.
Encontrei finalmente a minha webcam há muito perdida.
Poisei no ZDB e recusei uma casa na Estefânia!
Tive uma noitada de conversa sobre a virtude dos hologramas.
Histórias de vida que davam um filme e não um indiano qualquer!
Pergunto-me se vale a pena optar por um plano de saúde?
Desespero sem saber onde raio fica o Martinho da Arcada!!
Apresentei Black Cat White Cat a quem não o conhecia. Deliraram.

20070215

º~º~--------

FROM WILLIAM SHAKESPEARE

Já não sou virgem, ui. 
Vi um dos clássicos pela primeira vez e não doeu nem um pouco. 

Assisti hoje (escrevo isto à 1 da manhã mas só agora o posso postar) no Teatro da Trindade a uma interpretação credível, a uma iluminação competente e a uma cenografia depurada ligadas por um elenco de caras muito conhecidas - encabeçadas por João Lagarto como Mac Beth - e com interpretações variáveis: desde o ridículo overacting do Diogo Dória até ao jovem actor brilhante que me escapa o nome (a solo como porteiro do demónio). 

Já se perfila Hamlet (Trindade) e O Cerejal de Tchekov (Comuna) também a veura.

20070213

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a AnCerq

apaguei-me do HI5 para ver se me olvido daquela outra existência
prometo que não haverá por ali nenhum outro rafa

por Lisboa ainda, mas não para ficar
anda sempre este vosso num constante desassossego,
nunca encontrando poiso como o poeta cantava: Estou bem, onde não estou!
a oferenda não foi esquecida e não esmoreceu a vontade de a aproveitar
falta é tempo, esse maldito sorvedouro de boas permanências

reúne a malta e este se incluirá nela,
apresentando-se prontamente ao convite de há meses

como fecho deste poema 
relembro que podereis seguir os meus passos neste onde escrevo
e deixo um beijo e aquele abraço agora ainda virtuais, cego-cibernéticos
mas a materializar nessa Coimbra 

(bonita sim, mas na hora do reencontro)

Dª*`^)/

ICON

Faço uma busca ao acaso, procurando ícones que preencham esta minha ideia que trago comigo de um determinado projecto... 

Soubera eu que projecto fosse e a ideia tomaria então forma!

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JANELAS SOLITÁRIAS EM LX 

Tenho que fotografar estas janelas soltas de Lisboa
Com velhotas de cara solitária
Sempre dependuradas
Em horas a fio desfiando pessoas que passam
Passantes descrevendo uma contagem decrescente terminável.

Encontro-as em Santa Marta e em Alfama,
Na Graça, Castelo e ainda no Bairro
Entrevejo-as entre roupa secando e plantas em flor impávidas
Por sobre ruas calçadas de milénios
Apertadas entre casas também elas velhas

Tenho que fotografar e guardar estas solitárias tristes

Num portfolio a que chamarei simplesmente de “Solidão”. *

* duma ideia para um trabalho fotográfico

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POEMA DO DESASSOSSEGO POR ALGO

Ai,
Como me atingiste com breves e difusas palavras
Das quais não vejo sentido nem alvo
Nem objectivo nem propósito
Apenas um acre sabor de mistério
De promessas de irei saber!

Ai,
E estas vãs tentativas de o pensar
Apenas deixam o significado mais distante
E não perscrutando das opacas palavras
Qualquer pequeno recortado sentido
Entrevendo nem uma pequena diáfana abertura
Por onde adivinhe qual esta ditosa tentação
Brumas enrodilhadas em tão curta mensagem!

Ai,
Terei que esperar que abras esse cofre
Essa desejada e oculta promissão
Com uma chave-de-necessito-saber,
Pois se atiraste a pedra ao rio
E esta ricocheteou três vezes em curiosidade sobre a água!

Ai,
E o mostres, nu e em pleno
Essa ansiada Pedra Filosofal que magicaste aí por Avalon
Santo Graal que busco desde hoje
Em suave frenesim de interesse!

20070211

*********

SIM!

20070202

~\~\~\

MACONHA E BASEADO

explicou-me finalmente um colega brasuca do meu colega de quarto brasuca a diferença entre maconha e baseado : maconha é mari e baseado é porro! Ah, dúvida resistente que deixou de ser permanente!

ç~ç~ç~ç~ç~ç~~~~~

UM COZIDO CURTO, FACHAVOR

entro num café para beber o meu habitual café curto e enquanto espero para ser atendido olho para um dístico afixado com o prato do dia escrito e peço, automaticamente : um cozido curto, fachavôr! 

Subliminar...

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O TREJEITO DO GAIJO - O MAU PROFISSIONAL 

palavras de rajada de machinegun metralhada tempestivamente
como detesto os seus chavões
como odeio os seus clichés, leitmotivs, frases feitas
a sua falta de cultura de trabalho e de entrega criativa
enfada-me tal presunçosa pessoa

=)=))))=)=====

O HOMEM DOS TIQUES

Desengonçado avança pelo rossio
Com mil e um tiques a arrastar
Idiossincrasias anedóticas
Meu conhecido daqui, conheço-lhe outro gesto habitual :
Chega-se a mim e crava um cigarro.

d.......(O)

MOBY DICK 

Assisti hoje (portantos, ontem, quinta-feira) à peça MOBY DICK no Teatro Municipal de São Luís, do homónimo conto de Herman Melville. Adorei tudo a partir do momento em que percebi que afinal não estava perante um musical - porque o segmento inicial assustou-me! 

De destacar ainda a sempre genial cenografia de João Mendes Ribeiro.

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A CURA 

Já dizia o Leonardo da Vinci : “senza giorno senza disegnare” ou algo assim. Aproprio-me das suas palavras e altero-as ao meu quotidiano; além de praticar a máxima descrita na citação ajunto-lhe ainda outro apótema meu : nenhum dia sem escrever!

JAM SESSION OF WORDS

Como se fosse a hora do texto pedido, a palavra dada segue o ritmo dos anseios de quem me pede um improviso de letras, um freestyle de frases numa jam session de vocábulos.

Agora segue estoutro tema: A CURA; que, se bem que tenha surgido encadeado numa sequência de dedos à mistura, onde se nomearam mindinhos, indicadores e outros dedões de permeio, merece, por si só, um destaque especial.

Gosto desta desgarrada. Agrada-me este desafio, dedico-o à Sissa, que me apresentou o tema.

Segue a cura. Segue The Cure.

A CURA

1. CURARE

O Curare é uma droga paralisante usada em pequenas doses para relaxamento muscular. O Curare era, a princípio, um veneno paralisante utilizado pelos índios americanos. Utiliza-se como fármaco para relaxamento muscular (por exemplo, no diagnóstico de dores de origens mascaradas por espasmos dos músculos).

Introduzo aqui esta definição sobre a substância “curare” porque acho muito interessante que, ao contrário do que possa dar a entender, estas palavras (cura e curare) cresceram paralelamente e têm - no seu princípio - o mesmo fim: o tratamento paliativo ou curativo.

2. CURA DO INDICADOR

Este doutor receita que se torne sinistra, ou seja, que escreva com a mão esquerda – vulgo, canhota! Ou melhor ainda, ambidestra, para assim alternar entre um e outro indicador, poupando então o referido massacrado dedo da mão direita.

3. A CURA

A cura para muitos males será ter muitos remédios?
Qual a cura deste achaque?
Je suis malade à la tête!Para grandes males, grandes remédios!
Entram os Xamãs com os seus talismãs, ritos, cantos, danças, possessões e vudus. 
Afrodisíacos, elixires, mezinhas, medicamentos, barbitúricos, ansiolíticos, profiláticos, paliativos, anestésicos, anti-depressivos, calmantes, fármacos, antibióticos e laxantes...

Tanta merda, tanta tralha, quando a cura para este mal pode ser um doce beijo?
Ah, e não vos esqueceis do padre cura, é outro tipo de cura no meio desta salada russa.
E, como estou ligeiramente ébrio, caguei, não desenvolvo mais o tema e irei repescá-lo mais tarde...

20070131

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O QUE DIZ MOLERO

Vi ontem a peça O que diz Molero, no Teatro Nacional DMaria II. Gostei. Não me apetece escrever mais do que isto... Hoje fico pelas mensagens sintéticas e telegráficas. Stop.

Fica o site : http://www.teatro-dmaria.pt

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LIÇÃO DE CHRISTO 

À sari:

Christo é o nome comummente usado para referir uma dupla de artistas formado por Christo e Jeanne-Claude (homem e mulher) imediatamente reconhecidos e identificados por envolverem edifícios e construções com tecidos, telas, etc... como podes ver diversos exemplos na galeria de fotos do site que pus abaixo.

Os artistas repudiam etiquetas e estilos, mas aproximam-se mais da Environmental Art do que da Land Art e não se consideram artistas conceptuais.

Este é o sítio : 

20070130

[] [ ] [  ]

CHAMAREI A ESTE QUARTO : THE FACTORY 

Tomem este como um devaneio de escriba matinal 

(foi escrito pela matina, bem de madrugada)
ainda não desperto pelo suave néctar que o oleia e o faz funcionar:
esse combustível carburante com cafeína que tomo amiúde
e sem o qual, ou melhor, com o qual consigo criar algo levemente aproveitável!
Como Victor Hugo dos Les Miserables, funciono a café!

CHAMAREI A ESTE QUARTO : THE FACTORY

E ao sétimo dia de preparar o novo quarto, parei e disse : vou xonar!

Mas ainda com uma sobra de instinto criativo
Decidi chamar a este quarto the factory
E a sugestão do nome surge porque:
é um manifesto de querer
é uma ideia de um porvir de criatividade
é um desejo de produção contínua como a homónima do Warhol
é um querer torná-lo uma fábrica de rabiscos,
uma indústria de projectos em execução,
de ideias em ebulição,
de ideais em agitação,
de desenhos em efervescência,
de textos por/em catarse desmedida e continuada,
(e por vezes desregulada, mas cadenciada)
de um potente detonador de arte calcada e talvez recalcada
e de torná-lo num coito não interrompido de produção em série de objectos em crescendo de perfeição, vontade e satisfação!

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CARTA RÁPIDA A UMA CARA METADE 

Este querer é diferente desse gostar
Esta cara quer-te como metade 

e não sente já essa cara como querendo esta como metade

º´º´º´ºººººººººººº

segue agora o já há muito aguardado :

POEMA DO INDICADOR
POEM OF THE INDICATOR




tento digitar termos ternos sobre o nosso indicador
enquanto o pouso sobre a testa a meditar
pressionando suavemente sobre as têmporas
a ver se me extraio algo pelo seu leve massajar

escrevo o título primeiro 
(o sempre mais fácil e arranque do texto) 

o resto vai caindo e escorregando pelos dedos e pelo próprio indicador
transispirando qualidades
enquanto o aponto sobre o monitor
acompanhando as mesmas linhas que agora componho

começo...

o indicador indica
o indicador aponta
o indicador serve de base e coluna para a cabeça,
enquanto medito como “O Pensador” de Rodin
o indicador equilibra a mão, que cairia sem o ter como âncora
o indicador é um de cinco, mas não compreendo em que lugar surge no pódio
o indicador é comprido e imponente
o indicador é nosso e temos que o amar
se nos dói, deixa doer, dói porque nos pertence
se nos incha, deixa inchar, o inchaço faz parte de o ter

(tento acertar, apenas com este dedo, nas teclas deste teclado
enumerando atributos e excelências desta nossa terminação tentacular)

assim se chama indicador ao indicador porque é o que melhor serve na mão
para zurzir quem nos irrita
para acarinhar quem nos excita
para indicar caminhos e atalhos
para fazer de arma e assustar
para acompanhar a dança com o corpo
para desenhar círculos no ar
para descrever o voar dum pássaro ou insecto
para chegar ao inatingível das costas

(o indicamento prossegue recordando parcerias)

com o polegar temos um revólver
faz equipa com o médio e temos um v de vitória - ou um desaforo very british
com o mindinho componho uns cornos
e com todos juntos - mindinho, anelar, médio, indicador e polegar
temos A mão

doei indicações, indiquei andamentos
atribuí-lhe excelências esquecidas
recordei atribuições imediatas
mas muito haveria ainda por dizer
só que tenho que descansar o indicador
pô-lo de molho e aconchegá-lo
afinal, bem preciso dele para me sentir completo
e se cansado estivesse não o teria perfeito como o tenho.

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Desenho - apontamento de 2003/4?

20070129

9090''=?=?=?=?)=)

HILARIOUS 2 

O que está afixado pelo lado de dentro da porta da casa de banho comunitária da minha república de lx : 

"ballance's law of relativity:
how long a minute is depends on wich side of the bathroom door you're on!"

~\Ç~\

HILARIOUS 1 

nick duma amiga do msn : 

"calorias são pequenos animais que vivem nos roupeiros e que durante a noite apertam a roupa das pessoas."

0'990'85~~~

AH E TAL 

ah, e já me esquecia : abafaditos nas primas do bairro, feira da ladra imperdível no campo de santa clara às terças e sábados e o mercado biológico no príncipe real aos sábados das 8 até às 14h.

º\´º´\º´\º´\º´\º´\º´\

NOOBAI

local onde estar num fim de tarde soalheiro (não solarengo) : noobai, no miradouro de santa catarina, vulgo adamastor.

nota: experimentem a tosta de queijo de cabra acompanhando-a com um sumo de ananás com hortelã. perfecto! e têm também o chá de gengibre.

a visitar sem falta pois precisa urgentemente de ser dinamizado : MNAC, museu nacional de arte contemporânea, museu do chiado

visitar a fabulosa e quase esquizofrénica casa do alentejo na rua das portas de santo antão. átrio neo-árabe encimada por um salão de baile neo-barroco com um palco típico do teatro à italiana com tasca alentejana apensa! salas e salas a discorrer estilos e surpresas! fantástica!

e depois bebam uma ginginha numa das duas casas que a servem deliciosa na rua das portas de santo antão.

20070128

ªªªª```´º´º´º´º´º´º´º´

CATARSE MILIMÉTRICA 

este ideal de vida : 

nunca chegar a um ponto em que já se consegue vislumbrar todo o resto da nossa vida, e imaginar-nos com cinquenta ou sessenta anos e a fazer o mesmo...

será algo como anti-conform society

20070123

º´´º´ºº´º´

MIL FOLHAS 

no suplemento mil folhas do público desta passada sexta saiu uma referência ao Laboratório Chimico da Universidade de Coimbra com texto crítico de Ana Tostões e Jorge Figueira (Ou Bandeirinha - não me recordo, não tenho aqui o documento).

o Lab Chi da Universidade de Coimbra é uma remodelação conjunta do Atelier do Corvo (Carlos Antunes e Désirée Pedro) com João Mendes Ribeiro e que contou com a participação de moi même.

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JANELAS SOLITÁRIAS 

tenho que fotografar estas janelas soltas de lisboa
com velhotas de cara solitária sempre dependuradas
horas a fio contando pessoas numa contagem decrescente terminável

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NÃO UM POEMA 

às vezes sou um alemão chamado Ruben
filho de pai venezuelano e de mãe alemã
sou uma mescla de nacionalidades e estudo medicina

bipolaridade? heterónimo? pseudónimo? 

não, é só o gajo com quem partilho casa e que usa a minha net from time to time

20070116

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CATARSE 4 DO 1 

de filmes que tenho visto :

APOCALYPTO, boring!
BODY RICE, razoável, o melhor é o alinhamento musical
BABEL, gostei!

20070108

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MANIFESTO LIGAR OS PONTOS 

Ideias há que soam tão belas da primeira vez que são imaginadas, e enquanto quentes na mente onde foram concebidas continuam a parecer belos ideais. Com o tempo algumas esmorecem ou quando materializadas perdem a sua força, empalidece o seu anterior estado místico e idealista. Ao passar a uma folha de papel, e deve-se fazê-lo imediatamente, separa-se o trigo do joio, ou seja, as ideias belas e esplêndidas das idiotas e simplórias, ou ainda, os pensamentos arrebatadores e praticáveis dos acometimentos imaterializáveis.

Esta pareceu-me uma boa ideia. Todos nós ligamos os pontos quando pequenos, é um exercício de destreza necessário. Agora ligamos os pontos entre locais e obras em adultos como forma de nos cultivarmos e crescermos um pouco mais. No entretanto aprendemos. Na tarefa básica de ligar os pontos A e B e outros por linhas desenhadas com hesitação, agora ligam-se A e B e outros C e D por carro e com o objectivo mais sólido de ver, ouvir, tocar, cheirar e saborear - usar os sentidos para percepcionar completamente a arquitectura.

Sou de matéria orgânica, aquela última é realizada por nós, arquitectos e é inorgânica, inerte, mas nem sempre estática e está continuamente em mutação. É importante percepcionar todas essas mudanças impressas sobre a paisagem urbana, acompanhar a gestação dos projectos e o resultado final e contactar sempre com mais obras, cidades e projectistas.

Daí que ‘Ligar os Pontos’ seja uma ideia que vai de encontro à necessidade básica de viajar de um arquitecto em formação permanente. Ligando os pontos de um tema, de uma obra, de um percurso e de um arquitecto, e compilando-os em livro de texto ou de imagens ou de ambos, aprendem-se e traçam-se novos caminhos para a evolução enquanto projectista.

Esta publicação de autor pretende ser mais uma experiência visual do que uma presunção crítica, até porque não me valorizo tanto.

Esta ideia surgiu primeiro em PT, e foi uma das poucas entre muitas que não perdeu nada na materialização. De pensada em PT, a ideia foi dada à luz em BCN e foi finalmente formatado o texto em CBR. Os primeiros nomes perfilados como material para ligar os pontos foram, por esta ordem: Távora, Siza, Souto e Mendes Ribeiro em PT e, numa natural passagem entre qualidade de trabalho e relevância contemporânea: Badia, Coderch e Ferrater, de BCN e Baeza, de MAD.

As restantes figuras portuguesas ficam de molho e serão retratadas e vistas oportunamente. As espanholas perfilam-se desde já e começam após os quatro arquitectos portugueses seleccionados.

Gostaria sobretudo de partilhar múltiplas experiências como a de Távora perante Taliesin, porque aspiro sobretudo a ser arquitecto-artista e a arte é emoção. Aqui quero passar essa emotividade sentida perante a obra visitada e partilhar viagens e pontos de vista pretendidos.

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Escrito em Barcelona, Janeiro de 2004

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MANIFESTO PROJECTOS CONCEPTUAIS 

É simplesmente propor sem chão. Sem os condicionamentos ‘castradores’ de pendentes e declives, sem considerar a topografia, ou considerá-la inexistente, rala ou nula – projectar sobre um plano, ou ainda, criar um relevo próprio como é objecto recorrente de diversos ateliers actuais, como os Foreign Office Architects, para citar um dos mais conhecidos. É uma versão pequeno-utópica da proposta virtual, objecto de diversos concursos actuais, em que se pede para propor edifícios situando-os em terrenos imaginários ou em existentes, mas à escolha do projectista.

Nesta ideia o que conta é o cliente (que poderá também ser criado) e as suas expectativas. O resto, seja envolvente e declives, é irrelevante. Cria-se um objecto para preencher um sonho, mas o próprio projecto é um sonho, pois não poderá ser materializado totalmente, não sem as respectivas alterações de adaptação ao terreno.

Numa inversão do processo normal de desenho em que surge a construção após o contacto com o cliente, aqui pode surgir primeiro o projecto e só depois o cliente, podendo este ser imaginado de maneira a ser aquela a habitação que lhe sirva.

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EXPLORAÇÃO URBANA

Estão lançadas as bases para a formação do grupo de exploração urbana de Coimbra, içadas as bases e reunidas as vontades, faltam alguns detalhes para começar então, verdadeiramente a exploração urbana. Nome do grupo, lista de objectivos urbanos e formatação destes em suporte fixo e manuseável.

Nome: Entre_CBR

Com siglas é mais fácil a identificação. E com o Entre como prefixo, passa a ideia de convite a visitar estes locais, de entrar em Coimbra sob um guia alternativo oposto ao vendido aos turistas de 2 dias: o de uma Coimbra sólida, perene e “limpa”, sempre existente.

Objectivos urbanos em Coimbra: compilar lista dos locais a intervencionar.

Porque se trata de uma intervenção sobre a ruína/ edifício visitado; se bem que fisicamente passiva em oposição aos happenings autênticos em que a intervenção é vista e sentida e em que existe um devassamento físico do espaço envolvente. Ao retratar e capturar em fotos este património intervém-se fugazmente mas o resultado pretende-se eterno: o explorador e a sua experiência violatória são o próprio acontecimento, a intervenção prolonga-se ainda depois nos artefactos recuperados e trazidos à luz do conhecimento, objectos salvos da decrepitude a que foram abandonados e pelas fotografias tiradas e pelos filmes feitos, que se espera tenham um efeito prolongado não só para os exploradores mas para outros!

Formatação dos objectos intervencionados: reunião dos edifícios revisitados

Será sempre o objectivo final a publicação seja sobre a forma de revista, de catálogo, de guia, de livro, CD ROM ou exposição, documentando uma realidade decrépita, antiga e abandonada de uma Coimbra esquecida e passada, mas que importa conhecer e recuperar. Com o extra da diversão e saboroso gosto da intrusão praticada pelo grupo.

A partir de agora o grupo será designado por Entre_CBR e as actividades por exploratórias, intrusivas ou infiltratórias. Lançam-se os alicerces do grupo e o novo avanço espera-se para breve. Brevemente.