20070227

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C [andanças] :

Acabei de fumar tabaco marroquino chamado Marquise.
Encontrei finalmente a minha webcam há muito perdida.
Poisei no ZDB e recusei uma casa na Estefânia!
Tive uma noitada de conversa sobre a virtude dos hologramas.
Histórias de vida que davam um filme e não um indiano qualquer!
Pergunto-me se vale a pena optar por um plano de saúde?
Desespero sem saber onde raio fica o Martinho da Arcada!!
Apresentei Black Cat White Cat a quem não o conhecia. Deliraram.

20070215

º~º~--------

FROM WILLIAM SHAKESPEARE

Já não sou virgem, ui. 
Vi um dos clássicos pela primeira vez e não doeu nem um pouco. 

Assisti hoje (escrevo isto à 1 da manhã mas só agora o posso postar) no Teatro da Trindade a uma interpretação credível, a uma iluminação competente e a uma cenografia depurada ligadas por um elenco de caras muito conhecidas - encabeçadas por João Lagarto como Mac Beth - e com interpretações variáveis: desde o ridículo overacting do Diogo Dória até ao jovem actor brilhante que me escapa o nome (a solo como porteiro do demónio). 

Já se perfila Hamlet (Trindade) e O Cerejal de Tchekov (Comuna) também a veura.

20070213

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a AnCerq

apaguei-me do HI5 para ver se me olvido daquela outra existência
prometo que não haverá por ali nenhum outro rafa

por Lisboa ainda, mas não para ficar
anda sempre este vosso num constante desassossego,
nunca encontrando poiso como o poeta cantava: Estou bem, onde não estou!
a oferenda não foi esquecida e não esmoreceu a vontade de a aproveitar
falta é tempo, esse maldito sorvedouro de boas permanências

reúne a malta e este se incluirá nela,
apresentando-se prontamente ao convite de há meses

como fecho deste poema 
relembro que podereis seguir os meus passos neste onde escrevo
e deixo um beijo e aquele abraço agora ainda virtuais, cego-cibernéticos
mas a materializar nessa Coimbra 

(bonita sim, mas na hora do reencontro)

Dª*`^)/

ICON

Faço uma busca ao acaso, procurando ícones que preencham esta minha ideia que trago comigo de um determinado projecto... 

Soubera eu que projecto fosse e a ideia tomaria então forma!

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JANELAS SOLITÁRIAS EM LX 

Tenho que fotografar estas janelas soltas de Lisboa
Com velhotas de cara solitária
Sempre dependuradas
Em horas a fio desfiando pessoas que passam
Passantes descrevendo uma contagem decrescente terminável.

Encontro-as em Santa Marta e em Alfama,
Na Graça, Castelo e ainda no Bairro
Entrevejo-as entre roupa secando e plantas em flor impávidas
Por sobre ruas calçadas de milénios
Apertadas entre casas também elas velhas

Tenho que fotografar e guardar estas solitárias tristes

Num portfolio a que chamarei simplesmente de “Solidão”. *

* duma ideia para um trabalho fotográfico

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POEMA DO DESASSOSSEGO POR ALGO

Ai,
Como me atingiste com breves e difusas palavras
Das quais não vejo sentido nem alvo
Nem objectivo nem propósito
Apenas um acre sabor de mistério
De promessas de irei saber!

Ai,
E estas vãs tentativas de o pensar
Apenas deixam o significado mais distante
E não perscrutando das opacas palavras
Qualquer pequeno recortado sentido
Entrevendo nem uma pequena diáfana abertura
Por onde adivinhe qual esta ditosa tentação
Brumas enrodilhadas em tão curta mensagem!

Ai,
Terei que esperar que abras esse cofre
Essa desejada e oculta promissão
Com uma chave-de-necessito-saber,
Pois se atiraste a pedra ao rio
E esta ricocheteou três vezes em curiosidade sobre a água!

Ai,
E o mostres, nu e em pleno
Essa ansiada Pedra Filosofal que magicaste aí por Avalon
Santo Graal que busco desde hoje
Em suave frenesim de interesse!

20070211

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SIM!

20070202

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MACONHA E BASEADO

explicou-me finalmente um colega brasuca do meu colega de quarto brasuca a diferença entre maconha e baseado : maconha é mari e baseado é porro! Ah, dúvida resistente que deixou de ser permanente!

ç~ç~ç~ç~ç~ç~~~~~

UM COZIDO CURTO, FACHAVOR

entro num café para beber o meu habitual café curto e enquanto espero para ser atendido olho para um dístico afixado com o prato do dia escrito e peço, automaticamente : um cozido curto, fachavôr! 

Subliminar...

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O TREJEITO DO GAIJO - O MAU PROFISSIONAL 

palavras de rajada de machinegun metralhada tempestivamente
como detesto os seus chavões
como odeio os seus clichés, leitmotivs, frases feitas
a sua falta de cultura de trabalho e de entrega criativa
enfada-me tal presunçosa pessoa

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O HOMEM DOS TIQUES

Desengonçado avança pelo rossio
Com mil e um tiques a arrastar
Idiossincrasias anedóticas
Meu conhecido daqui, conheço-lhe outro gesto habitual :
Chega-se a mim e crava um cigarro.

d.......(O)

MOBY DICK 

Assisti hoje (portantos, ontem, quinta-feira) à peça MOBY DICK no Teatro Municipal de São Luís, do homónimo conto de Herman Melville. Adorei tudo a partir do momento em que percebi que afinal não estava perante um musical - porque o segmento inicial assustou-me! 

De destacar ainda a sempre genial cenografia de João Mendes Ribeiro.

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A CURA 

Já dizia o Leonardo da Vinci : “senza giorno senza disegnare” ou algo assim. Aproprio-me das suas palavras e altero-as ao meu quotidiano; além de praticar a máxima descrita na citação ajunto-lhe ainda outro apótema meu : nenhum dia sem escrever!

JAM SESSION OF WORDS

Como se fosse a hora do texto pedido, a palavra dada segue o ritmo dos anseios de quem me pede um improviso de letras, um freestyle de frases numa jam session de vocábulos.

Agora segue estoutro tema: A CURA; que, se bem que tenha surgido encadeado numa sequência de dedos à mistura, onde se nomearam mindinhos, indicadores e outros dedões de permeio, merece, por si só, um destaque especial.

Gosto desta desgarrada. Agrada-me este desafio, dedico-o à Sissa, que me apresentou o tema.

Segue a cura. Segue The Cure.

A CURA

1. CURARE

O Curare é uma droga paralisante usada em pequenas doses para relaxamento muscular. O Curare era, a princípio, um veneno paralisante utilizado pelos índios americanos. Utiliza-se como fármaco para relaxamento muscular (por exemplo, no diagnóstico de dores de origens mascaradas por espasmos dos músculos).

Introduzo aqui esta definição sobre a substância “curare” porque acho muito interessante que, ao contrário do que possa dar a entender, estas palavras (cura e curare) cresceram paralelamente e têm - no seu princípio - o mesmo fim: o tratamento paliativo ou curativo.

2. CURA DO INDICADOR

Este doutor receita que se torne sinistra, ou seja, que escreva com a mão esquerda – vulgo, canhota! Ou melhor ainda, ambidestra, para assim alternar entre um e outro indicador, poupando então o referido massacrado dedo da mão direita.

3. A CURA

A cura para muitos males será ter muitos remédios?
Qual a cura deste achaque?
Je suis malade à la tête!Para grandes males, grandes remédios!
Entram os Xamãs com os seus talismãs, ritos, cantos, danças, possessões e vudus. 
Afrodisíacos, elixires, mezinhas, medicamentos, barbitúricos, ansiolíticos, profiláticos, paliativos, anestésicos, anti-depressivos, calmantes, fármacos, antibióticos e laxantes...

Tanta merda, tanta tralha, quando a cura para este mal pode ser um doce beijo?
Ah, e não vos esqueceis do padre cura, é outro tipo de cura no meio desta salada russa.
E, como estou ligeiramente ébrio, caguei, não desenvolvo mais o tema e irei repescá-lo mais tarde...