OLHA-ME NA MENINA
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Desenho - feito em Palazzolo Acreide, Sicília, meados de 2015
20121220
20120925
wqertyuiorwety
TOMAR OU BEBER
Muito me enganei ao regressar.
No Verão de 2012, passei um par de semanas em reconhecimento tomarense. E o que remontava a uma recordação respeituosa, amonta agora apenas a uma tristeza e a uma falta identificada. Em determinadas falhas, a saber:
1. No Convento de Cristo, falta um circuito capaz e um percurso museológico bem delineado, com brevetes e explicações para quem o percorre. Olhar para uma pedra é diferente de olhar para uma pedra com legenda a acompanhá-la. Percebe-se de onde vem a pedra, como chegou a pedra aos nossos dias, como tratam dela no quotidiano e também para vai a pedra. Estas pedras merecem muito mais.
2. Centro da cidade despovoado, falta mais vida e gente e negócios locais. Não o Disneyfiquem, dignifiquem. Cheguei de comboio e caminhei desde a estação - demorei-me num café daqueles à antiga, espaçoso, bem cheiroso, airoso, majestático, solene. Mas o centro já não é este, é outro, mudou-se a centralidade para o lado de lá do Nabão. Este já só é o centro histórico, o que é uma pena, porque a história não foi apenas escrita, vai-se escrevendo. E aqui há muitas histórias que merecem continuar a ser contadas.
3. A falta de respeito na sinagoga. Um templo é sempre um templo e há tempos, outros lugares, para conversas. A pessoa que toma conta do espaço da sinagoga de Tomar embandeirava-se em conversa alta, arvorada sei lá de que manias, para toda a gente, fossem judeus ou outros que tais, ouvirem. Esta falta de respeito é atroz.
Não que me agrade tomar de ponta toda uma cidade, nem me movo por isso. Mas, e o mas surge aqui em sincero desconsolo,
Não é que me agrade tomar de ponta uma cidade, mas é um desconsolo como se desmancham algumas ideias que se guardam da infância. No caso específico, que sou de Coimbra e rondei todas as proximidades em domingos familiares, a eloquência de Tomar. Durante o hiato que foi o não regresso a Tomar, alimentei a ideia de uma cidade que permanecia firme e rica no seu esplendor histórico e, como dou razão e vazão à história, sempre me pareceu que o firmasse em magnificência até ao presente.
Não é que me agrade tomar de ponta uma cidade, mas é um desconsolo como se desmancham algumas ideias que se guardam da infância. No caso específico, que sou de Coimbra e rondei todas as proximidades em domingos familiares, a eloquência de Tomar. Durante o hiato que foi o não regresso a Tomar, alimentei a ideia de uma cidade que permanecia firme e rica no seu esplendor histórico e, como dou razão e vazão à história, sempre me pareceu que o firmasse em magnificência até ao presente.
Muito me enganei ao regressar.
No Verão de 2012, passei um par de semanas em reconhecimento tomarense. E o que remontava a uma recordação respeituosa, amonta agora apenas a uma tristeza e a uma falta identificada. Em determinadas falhas, a saber:
1. No Convento de Cristo, falta um circuito capaz e um percurso museológico bem delineado, com brevetes e explicações para quem o percorre. Olhar para uma pedra é diferente de olhar para uma pedra com legenda a acompanhá-la. Percebe-se de onde vem a pedra, como chegou a pedra aos nossos dias, como tratam dela no quotidiano e também para vai a pedra. Estas pedras merecem muito mais.
2. Centro da cidade despovoado, falta mais vida e gente e negócios locais. Não o Disneyfiquem, dignifiquem. Cheguei de comboio e caminhei desde a estação - demorei-me num café daqueles à antiga, espaçoso, bem cheiroso, airoso, majestático, solene. Mas o centro já não é este, é outro, mudou-se a centralidade para o lado de lá do Nabão. Este já só é o centro histórico, o que é uma pena, porque a história não foi apenas escrita, vai-se escrevendo. E aqui há muitas histórias que merecem continuar a ser contadas.
3. A falta de respeito na sinagoga. Um templo é sempre um templo e há tempos, outros lugares, para conversas. A pessoa que toma conta do espaço da sinagoga de Tomar embandeirava-se em conversa alta, arvorada sei lá de que manias, para toda a gente, fossem judeus ou outros que tais, ouvirem. Esta falta de respeito é atroz.
Então decidi compor uma carta e enviá-la aos OCS da cidade, em formato de cidadão interessado e usando as ferramentas de direito de resposta. Ou assim parecidas. A conversa com um natural da cidade confirmou as suspeitas, ele é um músico que se demora por Lisboa, sublinhando a necessidade de me fazer ouvir. Mas depois a ideia decaiu. Irei regressar. A Tomar e a este tema.
20120920
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DESCOBRI-ME OUTRA PEDRA
Entretanto perdi-a, arremessei-a? Sobejou o desenho.
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Desenho - feito na Casa de Santa Catarina, meados de 2009
Entretanto perdi-a, arremessei-a? Sobejou o desenho.
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Desenho - feito na Casa de Santa Catarina, meados de 2009
20120426
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