20060914

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VIAGENS

O que me chateia n’As Viagens de Gulliver “Travels into Several Remote Nations of the World” ou "Gulliver's Travels” é a indefinição ideológica partidária da época caricaturada pelo livro (não tem maniqueísmos bacocos a ilustrar “a” esquerda e “a” direita mas também passa a ideia de que não existem os conceito de humanismo e de bem público) e a condenação do livre pensamento (sendo que este é notoriamente uma opinião muito pessoal do moralista, conservador e clérigo Jonathan Swift).

20060906

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CATARSE DE SETEMBRO 2 

Prossigo com o meu jogo de xadrez pela net, quarto lance mandado via email. Então comparsa, quando arremessas a jogada de volta?

Espero pela minha cópia d’A Caverna do nobel Saramago com que uma amiga me decidiu, felizmente, presentear (confesso que, depois de me iniciar em Borges, Saramago aparenta-se-me bem sensaborão!). E se trouxermos à baila ainda Nabokov, Kafka e Poe, Saramago fica bem pequenininho.

O Chapitô deu SIM!!

Chapitolas, chapitolas!!!

Mas... amanhã... haverá o sim definitivo.

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CATARSE DE SETEMBRO 1

Como copiosamente umas uvas deliciosas que me trouxeram enquanto trabucava. O calor arrebenta-se-me em cima, intenso e insuportável. Estão para cima de 35º em LX e trabalho sem ar condicionado.

A estação de serviço ao lado de minha casa, que uso para me abastecer simultaneamente de cigarros e de gasolina, são as mais caóticas entre as milhentas que já vi na minha vida.

Prossigo acesa discussão cibernética com um energúmeno inclassificável - sabe-me tão bem açoitá-lo por palavras!

Deixo cair um telemóvel e agarro-me a outro. Ando a coleccionar desejos de viagem e a ler simultaneamente Contos do Nascer da Terra, Trópico de Câncer e Viagens de Gulliver. O primeiro é do mais doce que já li, ao que sempre me habituou o moçambicano Mia Couto. O segundo é inclassificável, cáustico até ao infinito, perturbante e duro tal como o é prolixo nesses atributos o seu autor, Henry Miller. É o livro que mais me custou ler até agora – e anseio algo aparvalhado pelo resto da trilogia autobiográfica. O último já tinha lido e terminarei hoje depois de o ter começado no Domingo – comprei-o na Feira do Livro do Avante, aliás no estaminé da Feira da Ladra do Avante, por uns míseros cinquenta cêntimos.

Volto do Avante com a sensação de ter estado num dos melhores festivais feito em terras portuguesas (conheço-os a todos, com excepção do primeiro, o de Vilar de Mouros). O de Paredes, aonde já fui e já voltei, guardo-o como o outro também excepcional.

Aguardo pelo concerto da Maria João e Mário Lajinha amanhã, no Casino Estoril. Falam-me na estupidez de protocolo do código de vestuário, que espero não ter que obedecer. Afinal, o concerto até é gratuito! E grafa-se lajinha ou laginha? Não acho fidedigna uma pesquisa na Net, que até nem me apetece fazer.

Tenho nova morada, que podem ver aqui: http://humano-s.blogspot.com, onde publiquei uma foto do Google Earth.

O Chapitô, até agora, vai bem de saúde para quem lá quer entrar, e a minha boa amiga, pressagio, vai consegui-lo! A António Arroio é a outra hipótese a não descartar.

Tento impor a regra de conduta da reciclagem no meu atelier, mas seguem inglórias as tentativas. Tento reduzir, aumentam; tento reutilizar, desaparecem os desperdícios; tento reciclar, somem-se as oportunidades. Amanhã prossigo na ideia da minha melhor amiga estacionada em Newcastle-upon-Tyne, a Sissa.

Tenho o poema do Corvo, de Poe, para ler. Finalmente.

Amanhã estreia o novo de Almodóvar; como gosto tanto deste tenho que ver aquele.

Terminaram a Ciudad Judicial de Barcelona y L’Hospitalet de Llobregat, dos B720+Chipperfield. Como gostaria de ver esse mono erecto bem à minha frente.

Estas catarses dão-me de tempos a tempos e sabem-me pela vida – à la ZDQ, gato fedorento. Terei outra daqui a talvez-quando-não-o-sei.

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Fotografia - Cais do Ginjal, meados de 2006