20080126

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PAST TENSO

Naquele dia passei o tempo todo cheio de dor de cabeça! Tinha acordado cedo, já com a ideia de partir. Tinha já feito diversas coisas, que só aumentaram a confusão; e fui ainda a correr, numa luta contra o tempo, para apanhar esse comboio que sabia que me ia levar ao destino. Ao refúgio. A noite passei-a bem, nada de sobressaltos, mas os últimos dias antes da partida criaram uma tal sensação de desconforto dentro de mim que só pensava em sair dali! Este dia, o da partida; com todo o seu significado de despedida, foi mais de alívio que de tristeza. Eu queria sair dali, e a desculpa providencial de saída agendada serviu apenas como pretexto à fuga para o refúgio.

Cheguei a estas férias, eu e mais três, com a felicidade de quem vem para conquistar, de quem vem com a ideia de poder fazer algo por este amor que continuo sem saber se é só meu. Mas alguém se antecipou.

Naquele dia passei o tempo todo com dor de cabeça, talvez por pensar demasiado!

Pensar em mim e ela, eu perante ela, ela perante mim, como poderia tentar de novo o “nós”. Uma viagem de 11 horas de comboio, em pleno quente Agosto, na planura infinita alentejana, sem comida nem vontade nem lucidez e com a cabeça a latejar de pensamentos. Tentava compreender e explicar-me o que se tinha passado num método científico mental para me exorcizar ou decair. ´

Chego-me ao fim e vou tão esgotado, tão vazio, que não me lembro de mais nada senão o de preencher o estômago com algo que me apazigue a fome. Mais nada assomou aqui, nada de mais nada!

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Foto - de viagem a Évora e Arraiolos, Agosto de 2008

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