20061220

-.

CATARSE 11 DO 2

Hoje estou em desaceleração para férias, para embarcar já amanhã em ritmo acelerado de trabalho de férias. Bizarro, não? Também assim o encaro. Adiante, que o significativo é que este ritmo ao ralenti tem-me permitido postar mais do que poderia em dias normais e hoje a catarse até é mais dilatada do que habitual.

Assisti ontem por acidente ao filme Lost in Translation, porque o que queria ver realmente era o CSI Nova Iorque em dose dupla como é costume... Esperava pacientemente pelo CSINY, refastelado no sofá, quando apanhei com aquela truculenta série vendida como vida real (Jura) e que coloquei em modo mute enquanto o cigarro viajava entre a mão e a boca, intercaladamente, olhando os gestos das figurinhas na pantalha.

Chegou o filme da Sofia Coppola, lindo de fotografia e envolvente, mas perturbante – bastante para mim neste agora, mas bem menos do que o Virgin Suicides – pelo que é tratado a nível de sentimentos, de traições, de conformismo em relações e de rotinas...

Tenho esta questão que não é de ontem, mas que ontem aflorou novamente e forte, depois de uma série e de um filme onde é tratada de forma tão imediata e tão frontal a rapidez de mudança de parceiros e de deslocalização de paixões...

Serei o último romântico do mundo ao imaginar que existem relações tão puras e tão empáticas que possam durar em perfeição dezenas e dezenas de anos? E será realmente possível algo assim estável, duradouro e sempre fresco?

Sem comentários:

Enviar um comentário