20070131

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O QUE DIZ MOLERO

Vi ontem a peça O que diz Molero, no Teatro Nacional DMaria II. Gostei. Não me apetece escrever mais do que isto... Hoje fico pelas mensagens sintéticas e telegráficas. Stop.

Fica o site : http://www.teatro-dmaria.pt

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LIÇÃO DE CHRISTO 

À sari:

Christo é o nome comummente usado para referir uma dupla de artistas formado por Christo e Jeanne-Claude (homem e mulher) imediatamente reconhecidos e identificados por envolverem edifícios e construções com tecidos, telas, etc... como podes ver diversos exemplos na galeria de fotos do site que pus abaixo.

Os artistas repudiam etiquetas e estilos, mas aproximam-se mais da Environmental Art do que da Land Art e não se consideram artistas conceptuais.

Este é o sítio : 

20070130

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CHAMAREI A ESTE QUARTO : THE FACTORY 

Tomem este como um devaneio de escriba matinal 

(foi escrito pela matina, bem de madrugada)
ainda não desperto pelo suave néctar que o oleia e o faz funcionar:
esse combustível carburante com cafeína que tomo amiúde
e sem o qual, ou melhor, com o qual consigo criar algo levemente aproveitável!
Como Victor Hugo dos Les Miserables, funciono a café!

CHAMAREI A ESTE QUARTO : THE FACTORY

E ao sétimo dia de preparar o novo quarto, parei e disse : vou xonar!

Mas ainda com uma sobra de instinto criativo
Decidi chamar a este quarto the factory
E a sugestão do nome surge porque:
é um manifesto de querer
é uma ideia de um porvir de criatividade
é um desejo de produção contínua como a homónima do Warhol
é um querer torná-lo uma fábrica de rabiscos,
uma indústria de projectos em execução,
de ideias em ebulição,
de ideais em agitação,
de desenhos em efervescência,
de textos por/em catarse desmedida e continuada,
(e por vezes desregulada, mas cadenciada)
de um potente detonador de arte calcada e talvez recalcada
e de torná-lo num coito não interrompido de produção em série de objectos em crescendo de perfeição, vontade e satisfação!

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CARTA RÁPIDA A UMA CARA METADE 

Este querer é diferente desse gostar
Esta cara quer-te como metade 

e não sente já essa cara como querendo esta como metade

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segue agora o já há muito aguardado :

POEMA DO INDICADOR
POEM OF THE INDICATOR




tento digitar termos ternos sobre o nosso indicador
enquanto o pouso sobre a testa a meditar
pressionando suavemente sobre as têmporas
a ver se me extraio algo pelo seu leve massajar

escrevo o título primeiro 
(o sempre mais fácil e arranque do texto) 

o resto vai caindo e escorregando pelos dedos e pelo próprio indicador
transispirando qualidades
enquanto o aponto sobre o monitor
acompanhando as mesmas linhas que agora componho

começo...

o indicador indica
o indicador aponta
o indicador serve de base e coluna para a cabeça,
enquanto medito como “O Pensador” de Rodin
o indicador equilibra a mão, que cairia sem o ter como âncora
o indicador é um de cinco, mas não compreendo em que lugar surge no pódio
o indicador é comprido e imponente
o indicador é nosso e temos que o amar
se nos dói, deixa doer, dói porque nos pertence
se nos incha, deixa inchar, o inchaço faz parte de o ter

(tento acertar, apenas com este dedo, nas teclas deste teclado
enumerando atributos e excelências desta nossa terminação tentacular)

assim se chama indicador ao indicador porque é o que melhor serve na mão
para zurzir quem nos irrita
para acarinhar quem nos excita
para indicar caminhos e atalhos
para fazer de arma e assustar
para acompanhar a dança com o corpo
para desenhar círculos no ar
para descrever o voar dum pássaro ou insecto
para chegar ao inatingível das costas

(o indicamento prossegue recordando parcerias)

com o polegar temos um revólver
faz equipa com o médio e temos um v de vitória - ou um desaforo very british
com o mindinho componho uns cornos
e com todos juntos - mindinho, anelar, médio, indicador e polegar
temos A mão

doei indicações, indiquei andamentos
atribuí-lhe excelências esquecidas
recordei atribuições imediatas
mas muito haveria ainda por dizer
só que tenho que descansar o indicador
pô-lo de molho e aconchegá-lo
afinal, bem preciso dele para me sentir completo
e se cansado estivesse não o teria perfeito como o tenho.

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Desenho - apontamento de 2003/4?

20070129

9090''=?=?=?=?)=)

HILARIOUS 2 

O que está afixado pelo lado de dentro da porta da casa de banho comunitária da minha república de lx : 

"ballance's law of relativity:
how long a minute is depends on wich side of the bathroom door you're on!"

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HILARIOUS 1 

nick duma amiga do msn : 

"calorias são pequenos animais que vivem nos roupeiros e que durante a noite apertam a roupa das pessoas."

0'990'85~~~

AH E TAL 

ah, e já me esquecia : abafaditos nas primas do bairro, feira da ladra imperdível no campo de santa clara às terças e sábados e o mercado biológico no príncipe real aos sábados das 8 até às 14h.

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NOOBAI

local onde estar num fim de tarde soalheiro (não solarengo) : noobai, no miradouro de santa catarina, vulgo adamastor.

nota: experimentem a tosta de queijo de cabra acompanhando-a com um sumo de ananás com hortelã. perfecto! e têm também o chá de gengibre.

a visitar sem falta pois precisa urgentemente de ser dinamizado : MNAC, museu nacional de arte contemporânea, museu do chiado

visitar a fabulosa e quase esquizofrénica casa do alentejo na rua das portas de santo antão. átrio neo-árabe encimada por um salão de baile neo-barroco com um palco típico do teatro à italiana com tasca alentejana apensa! salas e salas a discorrer estilos e surpresas! fantástica!

e depois bebam uma ginginha numa das duas casas que a servem deliciosa na rua das portas de santo antão.

20070128

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CATARSE MILIMÉTRICA 

este ideal de vida : 

nunca chegar a um ponto em que já se consegue vislumbrar todo o resto da nossa vida, e imaginar-nos com cinquenta ou sessenta anos e a fazer o mesmo...

será algo como anti-conform society

20070123

º´´º´ºº´º´

MIL FOLHAS 

no suplemento mil folhas do público desta passada sexta saiu uma referência ao Laboratório Chimico da Universidade de Coimbra com texto crítico de Ana Tostões e Jorge Figueira (Ou Bandeirinha - não me recordo, não tenho aqui o documento).

o Lab Chi da Universidade de Coimbra é uma remodelação conjunta do Atelier do Corvo (Carlos Antunes e Désirée Pedro) com João Mendes Ribeiro e que contou com a participação de moi même.

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JANELAS SOLITÁRIAS 

tenho que fotografar estas janelas soltas de lisboa
com velhotas de cara solitária sempre dependuradas
horas a fio contando pessoas numa contagem decrescente terminável

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NÃO UM POEMA 

às vezes sou um alemão chamado Ruben
filho de pai venezuelano e de mãe alemã
sou uma mescla de nacionalidades e estudo medicina

bipolaridade? heterónimo? pseudónimo? 

não, é só o gajo com quem partilho casa e que usa a minha net from time to time

20070116

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CATARSE 4 DO 1 

de filmes que tenho visto :

APOCALYPTO, boring!
BODY RICE, razoável, o melhor é o alinhamento musical
BABEL, gostei!

20070108

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MANIFESTO LIGAR OS PONTOS 

Ideias há que soam tão belas da primeira vez que são imaginadas, e enquanto quentes na mente onde foram concebidas continuam a parecer belos ideais. Com o tempo algumas esmorecem ou quando materializadas perdem a sua força, empalidece o seu anterior estado místico e idealista. Ao passar a uma folha de papel, e deve-se fazê-lo imediatamente, separa-se o trigo do joio, ou seja, as ideias belas e esplêndidas das idiotas e simplórias, ou ainda, os pensamentos arrebatadores e praticáveis dos acometimentos imaterializáveis.

Esta pareceu-me uma boa ideia. Todos nós ligamos os pontos quando pequenos, é um exercício de destreza necessário. Agora ligamos os pontos entre locais e obras em adultos como forma de nos cultivarmos e crescermos um pouco mais. No entretanto aprendemos. Na tarefa básica de ligar os pontos A e B e outros por linhas desenhadas com hesitação, agora ligam-se A e B e outros C e D por carro e com o objectivo mais sólido de ver, ouvir, tocar, cheirar e saborear - usar os sentidos para percepcionar completamente a arquitectura.

Sou de matéria orgânica, aquela última é realizada por nós, arquitectos e é inorgânica, inerte, mas nem sempre estática e está continuamente em mutação. É importante percepcionar todas essas mudanças impressas sobre a paisagem urbana, acompanhar a gestação dos projectos e o resultado final e contactar sempre com mais obras, cidades e projectistas.

Daí que ‘Ligar os Pontos’ seja uma ideia que vai de encontro à necessidade básica de viajar de um arquitecto em formação permanente. Ligando os pontos de um tema, de uma obra, de um percurso e de um arquitecto, e compilando-os em livro de texto ou de imagens ou de ambos, aprendem-se e traçam-se novos caminhos para a evolução enquanto projectista.

Esta publicação de autor pretende ser mais uma experiência visual do que uma presunção crítica, até porque não me valorizo tanto.

Esta ideia surgiu primeiro em PT, e foi uma das poucas entre muitas que não perdeu nada na materialização. De pensada em PT, a ideia foi dada à luz em BCN e foi finalmente formatado o texto em CBR. Os primeiros nomes perfilados como material para ligar os pontos foram, por esta ordem: Távora, Siza, Souto e Mendes Ribeiro em PT e, numa natural passagem entre qualidade de trabalho e relevância contemporânea: Badia, Coderch e Ferrater, de BCN e Baeza, de MAD.

As restantes figuras portuguesas ficam de molho e serão retratadas e vistas oportunamente. As espanholas perfilam-se desde já e começam após os quatro arquitectos portugueses seleccionados.

Gostaria sobretudo de partilhar múltiplas experiências como a de Távora perante Taliesin, porque aspiro sobretudo a ser arquitecto-artista e a arte é emoção. Aqui quero passar essa emotividade sentida perante a obra visitada e partilhar viagens e pontos de vista pretendidos.

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Escrito em Barcelona, Janeiro de 2004

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MANIFESTO PROJECTOS CONCEPTUAIS 

É simplesmente propor sem chão. Sem os condicionamentos ‘castradores’ de pendentes e declives, sem considerar a topografia, ou considerá-la inexistente, rala ou nula – projectar sobre um plano, ou ainda, criar um relevo próprio como é objecto recorrente de diversos ateliers actuais, como os Foreign Office Architects, para citar um dos mais conhecidos. É uma versão pequeno-utópica da proposta virtual, objecto de diversos concursos actuais, em que se pede para propor edifícios situando-os em terrenos imaginários ou em existentes, mas à escolha do projectista.

Nesta ideia o que conta é o cliente (que poderá também ser criado) e as suas expectativas. O resto, seja envolvente e declives, é irrelevante. Cria-se um objecto para preencher um sonho, mas o próprio projecto é um sonho, pois não poderá ser materializado totalmente, não sem as respectivas alterações de adaptação ao terreno.

Numa inversão do processo normal de desenho em que surge a construção após o contacto com o cliente, aqui pode surgir primeiro o projecto e só depois o cliente, podendo este ser imaginado de maneira a ser aquela a habitação que lhe sirva.

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EXPLORAÇÃO URBANA

Estão lançadas as bases para a formação do grupo de exploração urbana de Coimbra, içadas as bases e reunidas as vontades, faltam alguns detalhes para começar então, verdadeiramente a exploração urbana. Nome do grupo, lista de objectivos urbanos e formatação destes em suporte fixo e manuseável.

Nome: Entre_CBR

Com siglas é mais fácil a identificação. E com o Entre como prefixo, passa a ideia de convite a visitar estes locais, de entrar em Coimbra sob um guia alternativo oposto ao vendido aos turistas de 2 dias: o de uma Coimbra sólida, perene e “limpa”, sempre existente.

Objectivos urbanos em Coimbra: compilar lista dos locais a intervencionar.

Porque se trata de uma intervenção sobre a ruína/ edifício visitado; se bem que fisicamente passiva em oposição aos happenings autênticos em que a intervenção é vista e sentida e em que existe um devassamento físico do espaço envolvente. Ao retratar e capturar em fotos este património intervém-se fugazmente mas o resultado pretende-se eterno: o explorador e a sua experiência violatória são o próprio acontecimento, a intervenção prolonga-se ainda depois nos artefactos recuperados e trazidos à luz do conhecimento, objectos salvos da decrepitude a que foram abandonados e pelas fotografias tiradas e pelos filmes feitos, que se espera tenham um efeito prolongado não só para os exploradores mas para outros!

Formatação dos objectos intervencionados: reunião dos edifícios revisitados

Será sempre o objectivo final a publicação seja sobre a forma de revista, de catálogo, de guia, de livro, CD ROM ou exposição, documentando uma realidade decrépita, antiga e abandonada de uma Coimbra esquecida e passada, mas que importa conhecer e recuperar. Com o extra da diversão e saboroso gosto da intrusão praticada pelo grupo.

A partir de agora o grupo será designado por Entre_CBR e as actividades por exploratórias, intrusivas ou infiltratórias. Lançam-se os alicerces do grupo e o novo avanço espera-se para breve. Brevemente.

20070104

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CATARSE 3 DO 1 

Ontem.
Noite no Bicaense, no Bairro e no Adamastor.
Cerveja, cigarros e charros.
Boa companhia, diversos amigos e amigas.
Uma noite das antigas, portanto.

Mensagem telegráfica a adjectivar uma noite assim: perfeita.

Ah, e depois na volta pela Radial de Benfica muita atenção aos radares flashantes!

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CATARSE 2 DO 1 

Ainda a merda dos pais natal e para terminar : caiu um ficaram sete, suponho que irão secar e morrer e cair aos poucos que nem folhas secas de uma árvore caduca. Inté...

John Coltrane, Blue Train para acalmar as hostes que estão aqui desvairadas! Traduzco: estes neurónios estão em baixo!

20070103

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CATARSE 1 DO 1 

Estou zen, que é o mesmo que dizer que estou com a lontra, que estou nos braços de morfeu, que não posso com uma gata pelo rabo ou sei lá... In the meantime ponho a rodar Groove Armada e o seu Goobye Country (Hello Nightclub) com uma minhas faixas preferidas : My Friend enquanto faço horas extraordinárias que serão cobradas a peso de ouro. 

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Foto - viagem a Constância, algures em 2006