20070108

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MANIFESTO PROJECTOS CONCEPTUAIS 

É simplesmente propor sem chão. Sem os condicionamentos ‘castradores’ de pendentes e declives, sem considerar a topografia, ou considerá-la inexistente, rala ou nula – projectar sobre um plano, ou ainda, criar um relevo próprio como é objecto recorrente de diversos ateliers actuais, como os Foreign Office Architects, para citar um dos mais conhecidos. É uma versão pequeno-utópica da proposta virtual, objecto de diversos concursos actuais, em que se pede para propor edifícios situando-os em terrenos imaginários ou em existentes, mas à escolha do projectista.

Nesta ideia o que conta é o cliente (que poderá também ser criado) e as suas expectativas. O resto, seja envolvente e declives, é irrelevante. Cria-se um objecto para preencher um sonho, mas o próprio projecto é um sonho, pois não poderá ser materializado totalmente, não sem as respectivas alterações de adaptação ao terreno.

Numa inversão do processo normal de desenho em que surge a construção após o contacto com o cliente, aqui pode surgir primeiro o projecto e só depois o cliente, podendo este ser imaginado de maneira a ser aquela a habitação que lhe sirva.

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