20070202

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A CURA 

Já dizia o Leonardo da Vinci : “senza giorno senza disegnare” ou algo assim. Aproprio-me das suas palavras e altero-as ao meu quotidiano; além de praticar a máxima descrita na citação ajunto-lhe ainda outro apótema meu : nenhum dia sem escrever!

JAM SESSION OF WORDS

Como se fosse a hora do texto pedido, a palavra dada segue o ritmo dos anseios de quem me pede um improviso de letras, um freestyle de frases numa jam session de vocábulos.

Agora segue estoutro tema: A CURA; que, se bem que tenha surgido encadeado numa sequência de dedos à mistura, onde se nomearam mindinhos, indicadores e outros dedões de permeio, merece, por si só, um destaque especial.

Gosto desta desgarrada. Agrada-me este desafio, dedico-o à Sissa, que me apresentou o tema.

Segue a cura. Segue The Cure.

A CURA

1. CURARE

O Curare é uma droga paralisante usada em pequenas doses para relaxamento muscular. O Curare era, a princípio, um veneno paralisante utilizado pelos índios americanos. Utiliza-se como fármaco para relaxamento muscular (por exemplo, no diagnóstico de dores de origens mascaradas por espasmos dos músculos).

Introduzo aqui esta definição sobre a substância “curare” porque acho muito interessante que, ao contrário do que possa dar a entender, estas palavras (cura e curare) cresceram paralelamente e têm - no seu princípio - o mesmo fim: o tratamento paliativo ou curativo.

2. CURA DO INDICADOR

Este doutor receita que se torne sinistra, ou seja, que escreva com a mão esquerda – vulgo, canhota! Ou melhor ainda, ambidestra, para assim alternar entre um e outro indicador, poupando então o referido massacrado dedo da mão direita.

3. A CURA

A cura para muitos males será ter muitos remédios?
Qual a cura deste achaque?
Je suis malade à la tête!Para grandes males, grandes remédios!
Entram os Xamãs com os seus talismãs, ritos, cantos, danças, possessões e vudus. 
Afrodisíacos, elixires, mezinhas, medicamentos, barbitúricos, ansiolíticos, profiláticos, paliativos, anestésicos, anti-depressivos, calmantes, fármacos, antibióticos e laxantes...

Tanta merda, tanta tralha, quando a cura para este mal pode ser um doce beijo?
Ah, e não vos esqueceis do padre cura, é outro tipo de cura no meio desta salada russa.
E, como estou ligeiramente ébrio, caguei, não desenvolvo mais o tema e irei repescá-lo mais tarde...

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